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    Síndrome mão pé boca é comum na infância; entenda

    Doença é causada por enterovírus e provoca bolhas nas mãos, pés e boca, além de febre

    Por Danielle SanchesPublicado em 11/08/2022, às 17:40 - Atualizado em 25/05/2023, às 14:51
    Foto: Shutterstock

    Embora não seja muito conhecida do público em geral, a síndrome mão pé boca é o terror dos pais de crianças menores de cinco anos. Essa é justamente a faixa etária mais acometida pela doença, comumente causada pelo vírus Coxsackie, da família dos enterovírus.  

    Desde o final de 2021, diversas secretarias de saúde de municípios brasileiros vêm avisando sobre o aumento nos casos da doença, que costuma se espalhar rapidamente nas escolas. A suspeita é de que, após dois anos de isolamento, o vírus tenha voltado a circular com força na volta às aulas presenciais. 

    A doença, considerada benigna, causa grande desconforto nas crianças e requer atenção para não causar problemas maiores. E, embora seja mais frequente entre crianças de seis meses a três anos, também pode acometer adolescentes e adultos. 

    Conheça mais sobre o problema a seguir. 

    O que é mão pé boca?

    A doença, na verdade, é chamada de síndrome, o que significa um conjunto de sinais e sintomas comuns que podem ter agentes causadores diferentes. 

    No caso da síndrome mão pé boca, o vírus que comumente causa os sintomas é o Coxsackie, da família dos enterovírus.  

    Quais são os principais sintomas?

    Foto: Shutterstock

    A síndrome mão pé boca pode ser bastante incômoda porque provoca lesões em forma de bolha na boca, nas mãos e nos pés, além de áreas de mucosa, como amídalas e faringe. 

    Com isso, é comum que o paciente sinta dificuldade para se alimentar e coceira nas regiões afetadas. 

    Outros sintomas incluem: 

    • Febre alta (que pode chegar a 39 graus); 
    • Vômitos; 
    • Diarreia; 
    • Mal-estar; 
    • Aumento da salivação; 
    • Dificuldade de engolir; 
    • Coriza 
    • Bolhas nas nádegas e região genital (menos comum).

    Dependendo do grau de acometimento, as bolhas nas mãos e pés podem descamar após cicatrizadas e afetar o crescimento das unhas. Por isso, é comum que elas acabem caindo e sendo trocadas naturalmente pelo corpo.

    Qual é o tratamento?

    Não existe tratamento específico para o quadro de mão pé boca. Os cuidados incluem o uso de analgésicos e/ou anti-inflamatórios – desde que recomendados por um especialista ou o pediatra que acompanha a criança – para aliviar os sintomas, que desaparecem sozinhos entre sete e 10 dias.

    Vale reforçar que, se existirem lesões na garganta (amídalas e faringe), a criança pode ter dificuldade em comer e recusar alimentação. Embora seja normal, é importante cuidar para que ela continue ingerindo líquidos para evitar um quadro de desidratação – aí sim, mais grave, especialmente em bebês.

    Além de sucos e leite, para o caso dos menores, uma boa opção é investir em comidas pastosas, que são mais fáceis de serem deglutidas.

    Adultos também podem pegar?

    Sim. Embora seja menos comum, adolescentes e adultos também podem se infectar e desenvolver a doença. 

    Entretanto, quando isso ocorre, os sintomas costumam se manifestar de forma mais leve. 

    Dá para evitar?

    Sim, embora seja difícil, especialmente entre crianças pequenas. A transmissão se dá por meio do contato com secreções – o que pode ocorrer por meio de tosses e espirros – e no contato com as bolhas. 

    No entanto, o vírus pode ser transmitido por até quatro semanas após o desaparecimento dos sintomas por meio das fezes. Por isso, manter medidas de higiene como lavar as mãos após tocar ou trocar a criança doente são importantes para quebrar a cadeia de transmissão.  

    Outras formas de se evitar a contaminação:  

    • Manter as crianças em casa até o desaparecimento dos sintomas; 
    • Limpar superfícies e objetos tocados com frequência, como trocador e brinquedos; 
    • Evitar o contato próximo com crianças que tenham sintomas.

    Fontes: Camila Maria Bertaglia Luizetto, pediatra do Hospital 9 de Julho; Sandi Sato, pediatra da Maternidade Brasília.

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