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    AVC: como identificar e prevenir o problema?

    Acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte no mundo

    Por Danielle SanchesPublicado em 23/08/2022, às 17:44 - Atualizado em 12/06/2023, às 20:33
    AVCFoto: Shutterstock

    Ele é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo e vem acometendo indivíduos cada vez mais jovens. Popularmente chamado de “derrame”, o acidente vascular cerebral ocorre quando há a interrupção de fluxo de sangue para alguma parte do cérebro.

    Estima-se que, a cada três segundos, uma pessoa no mundo sofre um AVC. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que, a cada cinco minutos, uma pessoa morre em decorrência da doença, somando mais de 100 mil mortes todos os anos. 

    Para reduzir esse número e fugir de virar estatística, é importante entender as causas do problema e, claro, conhecer as formas de prevenção. Continue a leitura para saber mais.

    Tipos de AVC

    Como dissemos, o AVC acontece quando há uma interrupção de fluxo sanguíneo para alguma parte do cérebro. Com isso, os neurônios deixam de receber oxigênio, o que acaba por danificar e até matar essas células, gerando uma lesão no órgão.

    Os AVCs podem ser classificados em dois tipos: 

    • AVC do tipo hemorrágico

    Popularmente conhecido como “derrame”, ele ocorre quando há o rompimento de um vaso que leva sangue ao cérebro, provocando uma hemorragia. É o tipo menos comum, correspondendo a até 20% dos casos.

    • AVC do tipo isquêmico 

    É considerado o mais comum e ocorre em até 80% dos casos. Aqui, um coágulo impede a passagem do sangue no vaso ou artéria cerebral, impedindo o fluxo para o órgão.

    Fatores de risco para AVC

    Os fatores de risco são situações ou hábitos que, aos poucos, criam condições para que ocorram entupimentos arteriais no corpo – incluindo aí em artérias do cérebro. Os mais conhecidos são: 

    • Hipertensão;
    • Diabetes;
    • Colesterol alto;
    • Tabagismo;
    • Obesidade;
    • Sedentarismo;
    • Arritmias cardíacas;
    • Abuso de álcool, drogas e/ou alguns medicamentos.

    Sintomas de AVC

    Um dos principais sinais de que um AVC está ocorrendo é o surgimento súbito de sintomas, especialmente neurológicos – ou seja, a pessoa que estava bem, de repente passa a apresentar sinais que demonstrem alterações neurológicas súbitas. 

    Os principais sinais e sintomas de AVC são: 

    • Diminuição de força de um lado do corpo;
    • Fala embolada;
    • Boca torta; 
    • Visão dupla;
    • Perda de campo visual;
    • Vertigem;
    • Perda de sensibilidade de um lado do corpo;
    • Confusão mental e desorientação.

    + Saiba mais: AVC pode ser diferente em mulheres: entenda os fatores de risco e sintomas

    Os sintomas são parecidos para homens e mulheres. Uma vez que sejam detectados quaisquer desses sinais, é importante buscar atendimento médico imediato. O socorro precoce é fundamental para aumentar as chances de sobrevivência e reduzir as sequelas, além de aumentar as chances de recuperação. 

    Tratamentos

    É importante dizer que, tanto no caso do AVC isquêmico como no hemorrágico, existe tratamento na fase aguda, ou seja, no momento em que o fluxo sanguíneo no cérebro está interrompido. 

    No caso da isquemia, pode-se utilizar medicamentos ou procedimentos mecânicos para remover o coágulo e restabelecer o envio de sangue para o cérebro. 

    Já o AVC hemorrágico é mais grave pois causa um edema – inchaço – no cérebro. Por isso, em alguns casos pode ser necessário  reduzir a pressão intracraniana por meio de cirurgia para evitar mais danos cerebrais. 

    Por causar a morte de algumas áreas do cérebro, o AVC pode deixar sequelas, como dificuldade de fala e de movimentação. No entanto, a reabilitação desses pacientes, embora possa ser demorada, ajuda a devolver qualidade de vida e mais autonomia a eles. 

    Prevenção

    AVCFoto: Shutterstock

    Existem dois tipos de causas para a ocorrência de um AVC: genéticas e ambientais. 

    No primeiro caso, histórico familiar e doenças que aumentam o risco para o problema, como diabetes e hipertensão, precisam ser investigadas e controladas. 

    Já os fatores ambientais são as causas que podemos modificar para prevenir o AVC. Na maioria dos casos, envolvem mudança de hábitos de vida e cuidados com a saúde cardiovascular em geral.

    No entanto, não há garantias: a pessoa pode fazer tudo certo e, mesmo assim, sofrer um AVC. Mas é importante deixar claro que, na maioria dos casos, um estilo de vida saudável pode, sim, prevenir o problema. 

    As principais medidas todo mundo está careca de saber: 

    • Praticar atividade física;
    • Controlar o peso e a gordura abdominal;
    • Manter pressão arterial, colesterol e diabetes em níveis normais;
    • Manejo de estresse;
    • Boas noites de sono;
    • Não fumar;
    • Não abusar de álcool e outras substâncias;
    • Fazer acompanhamento médico regular. 

    Fontes: Marcele Schettini, neurologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo, especialista em cuidados com pacientes que sofreram AVC; Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN); Thiago Taya, neurologista e neuroimunologista do Hospital Brasília, da Dasa.

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