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    6 dicas para reduzir os agrotóxicos nos alimentos

    Atitudes simples podem minimizar a presença de substâncias tóxicas em frutas e verduras

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 22/04/2022, às 18:33 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:07
    Fonte: Shutterstock

    A gente já sabe: o ideal seria priorizar os alimentos orgânicos, tanto pela nossa saúde como pelo meio ambiente. Na vida real, nem sempre isso é possível. Isso porque os preços dos alimentos seguem em alta – e os orgânicos tendem a ser mais caros – e porque muitas vezes não encontramos a opção orgânica dos itens que buscamos.

    Então, pensando que voltamos do mercado com as sacolas carregadas de verduras, legumes e frutas não orgânicos, como podemos minimizar os riscos para a saúde?

    A seguir, você vai conhecer alguns problemas que essas substâncias podem gerar e estratégias simples para ter mais saúde no prato.

    O que são agrotóxicos e os riscos para a saúde

    Agrotóxicos são substâncias sintéticas usadas para combater insetos ou ervas daninhas nas plantações. Sendo assim, são utilizados na produção de muitos alimentos vegetais e também podem ser encontrados em itens industrializados.

    Em excesso, os agrotóxicos fazem mal para a saúde – tanto para quem consome quanto para quem manipula os alimentos. São diversos os riscos associados a esse consumo tóxicos excessivo, especialmente de alguns tipos de agrotóxicos liberados no Brasil e proibidos em outras partes do mundo. Eles vão de intoxicações crônicas e agudas a maior suscetibilidade a alguns tipos de câncer.

    Mesmo em frutas e hortaliças com agrotóxicos em excesso, nem sempre essas substâncias tóxicas são visíveis ou sequer alteram o sabor.

    Como reduzir a presença de agrotóxicos nos alimentos

    Foto: Shutterstock

    De novo: o ideal é comprar orgânicos. Isso porque os agrotóxicos não estão presentes apenas na parte externa dos alimentos, mas também no interior deles. Mas aqui vão algumas dicas para uma espécie de “contenção de danos”:

    1. Lave bem os alimentos

    Uma forma de minimizar os riscos de agrotóxicos dos alimentos é lavar bem em água corrente. Isso diminui os resíduos de substâncias tóxicas que se concentram superficialmente.

    2. Retire a casca

    Retire a casca dos alimentos para minimizar a quantidade de pesticidas. Geralmente, a parte superficial do alimento é onde se encontram mais os resíduos de agrotóxicos.

    Lembrando que não vamos eliminar totalmente os agrotóxicos dos alimentos, uma vez que eles podem ultrapassar a casca e penetrar internamente, ficando na polpa.

    3. Opte por vegetais da estação

    Escolher os vegetais sazonais e regionais ajuda a minimizar os riscos de consumir itens com mais agrotóxicos. Nesses casos, são usadas menos substâncias químicas para conservação do alimento. Além disso, eles costumam ser mais baratos, nutritivos e saborosos.

    4. Evite alimentos “perfeitos” demais

    Check como está a aparência dos alimentos e desconfie se muito brilhantes, sem manchas ou muito grandes. Essas mudanças podem indicar o uso de agrotóxicos em excesso.

    5. Consumo de produtores menores

    Alimentos que são produzidos e consumidos regionalmente não percorrem longas distâncias e, assim, não precisam de doses maiores de agrotóxicos para que “durem mais”.

    6. Conheça a procedência dos alimentos

    Dá trabalho, é verdade. Mas, sempre que possível, verifique a procedência dos alimentos que consome. Tente saber mais sobre sua cadeia produtiva. Isso pode garantir uma alimentação mais segura.

    Está sem verba para investir em orgânicos?

    Em geral, os produtos orgânicos são mais caros devido aos custos de produção, transporte, local de compra e até mesmo devido à sua certificação.

    Mas isso não é regra. Hoje, na área de orgânicos dos mercados, já há alguns itens com o mesmo preço e até mais baratos que os tradicionais. Pesquise sempre.

    E vale a pena conhecer as feiras orgânicas, geralmente localizadas em grandes centros. Os preços costumam ser mais acessíveis e há uma grande variedade de alimentos.

    Fontes: Marcella Garcez, nutróloga e diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Tiago Miguel Jarek, professor do curso de Agronomia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).

    Referências: Inca (Instituto Nacional do Câncer) e Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

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